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Mulher cristã é presa no Irã sem acusações e família teme por tortura psicológica
Mojdeh Falahi, foi presa quando foi ao gabinete do promotor em Shiraz para ajudar um amigo cristão que havia sido preso no dia anterior.
No dia 9 de setembro, Mojdeh Falahi, uma mulher cristã de 36 anos, convertida do islamismo, foi detida pela Guarda Revolucionária Islâmica do Irã sem qualquer acusação formal. Desde então, sua situação tem gerado profunda preocupação entre seus familiares, principalmente após uma visita recente em que sua mãe relatou que Mojdeh chorou inconsolavelmente durante os breves cinco minutos que passaram juntas.
Falahi foi presa quando foi ao gabinete do promotor em Shiraz para ajudar um amigo cristão que havia sido preso no dia anterior, levando documentos para sua libertação. Desde então, ela foi transferida para o Centro de Detenção Pelak-e 100, administrado pelo Ministério da Inteligência do Irã. Sua família acredita que ela esteja sendo submetida a interrogatórios intensos na tentativa de obter informações sobre outros cristãos, uma prática comum em investigações contra convertidos do islamismo.
Sam Khosravi, cunhado de Falahi, expressou grande preocupação com o estado psicológico dela, afirmando que ela está emocionalmente devastada. Ele também destacou que a duração da detenção de Mojdeh, que já passou de dez dias, é incomum, principalmente para mulheres cristãs, o que levanta temores de que ela esteja sendo brutalmente tratada.
De acordo com The Christian Post, a família enfrenta dificuldades para obter informações sobre sua condição, uma vez que suas conversas durante as visitas são monitoradas, e Mojdeh não consegue falar abertamente. A mãe de Mojdeh, que tem ido diariamente ao tribunal para pedir sua libertação, tem sido particularmente afetada emocionalmente pela situação, sofrendo com estresse extremo e lapsos de memória.
Sam Khosravi também já passou por experiências semelhantes, tendo sido preso em 2019 com sua esposa e outros familiares por causa de sua fé cristã. Ele relata que a principal intenção das autoridades iranianas ao prender convertidos ao cristianismo não é apenas punição, mas a tentativa de quebrar sua fé, muitas vezes recorrendo a táticas psicológicas extremas e cruéis.
O caso de Mojdeh Falahi é um exemplo da perseguição que muitos cristãos enfrentam no Irã, onde o governo considera o cristianismo uma ameaça ao regime. Segundo a Lista Mundial de Vigilância de 2024 da organização Open Doors, o Irã é o nono país mais difícil para os cristãos viverem, com um aumento nas investidas do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica contra igrejas domésticas e convertidos.
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