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Apenas 650 cristãos permanecem em Gaza em meio a guerra

Mais de 300 cristãos deixaram Gaza, muitos se refugiando em países como o Egito, buscando escapar da violência.

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Suprimentos chegando de paraquedas no norte da Faixa de Gaza (Foto: Reprodução/AP)

A comunidade cristã nos Territórios Palestinos está encolhendo rapidamente, segundo um relatório da Missão Portas Abertas. Após a escalada do conflito entre Israel e o grupo Hamas, que se intensificou em outubro de 2023, pelo menos 33% dos cristãos palestinos foram mortos ou forçados a fugir da região.

Elias Najiar, um cristão de Gaza, expressou sua preocupação com o futuro da Igreja. “Havia mais de mil cristãos em Gaza antes da guerra. Agora, um ano depois, restam apenas 650”, afirmou ele em entrevista ao Portas Abertas.

Mais de 300 cristãos deixaram Gaza, muitos se refugiando em países como o Egito, buscando escapar da violência. “Quase todos os cristãos fugiram para igrejas locais na segunda semana de outubro de 2023”, disse Elias. Ele também destacou a insegurança, falta de moradia adequada e a escassez de itens essenciais, como alimentos.

Elias trabalha na Sociedade Bíblica e mantém contato com cristãos em zonas de conflito. Ele relatou que a comunidade vive com medo constante, enfrentando preços exorbitantes e condições de vida precárias. “Apesar disso, vejo esperança. É a fé que os sustenta”, destacou.

As igrejas locais têm sido um ponto de apoio crucial, oferecendo abrigo, ajuda médica e espiritual. Elias descreveu as igrejas como “oásis no deserto”, abrigando famílias sem alternativas e proporcionando alívio em meio à destruição.

No entanto, muitos cristãos, especialmente famílias com crianças, estão optando por deixar a Palestina. “Muitos preferem recomeçar em outro país, onde há menos risco de perder tudo novamente”, comentou Elias, fazendo um apelo para que os cristãos do mundo orem pelo Oriente Médio e pelo fim da guerra.

Israel e os Territórios Palestinos estão na Lista de Países em Perseguição da Missão Portas Abertas, ocupando a 78ª e 60ª posições, respectivamente. A situação desses cristãos reflete o aumento da perseguição e os desafios contínuos enfrentados por essa comunidade em meio a conflitos e instabilidade.

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