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Armênia reconhece “Estado” Palestino, mas diz que não é antissemita

Na semana passada, a Armênia tornou-se o 145º estado-membro das Nações Unidas a reconhecer o Estado da Palestina.

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Grigor Hovhannissian, vice-ministro das Relações Exteriores da Armênia. (Foto: Reprodução/Press Service Of The Armenian President)

Grigor Hovhannissian, ex-embaixador da Armênia nos Estados Unidos e vice-ministro das Relações Exteriores, declarou que o reconhecimento do Estado Palestino por parte da Armênia não a torna anti-Israel. Ele enfatizou a afinidade histórica e a mentalidade semelhante entre Armênia e Israel, destacando que não há antissemitismo subjacente na Armênia, assim como não há armenofobia em Israel.

Na semana passada, a Armênia tornou-se o 145º estado-membro das Nações Unidas a reconhecer o Estado da Palestina. Este reconhecimento foi fundamentado no compromisso com o direito internacional e os princípios de igualdade, soberania e coexistência pacífica dos povos. Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores de Israel convocou o embaixador armênio para uma dura conversa de repreensão.

Hovhannissian ressaltou a importância de entender os princípios que guiam a decisão da Armênia. Após a dissolução do Império Soviético, a Armênia emergiu como uma nação independente em uma vizinhança hostil, lutando para garantir sua sobrevivência e preservar sua identidade distinta. A Armênia tem confiado fortemente na legitimidade internacional, no direito à autodeterminação e na prevenção de genocídios como pilares de sua política externa.

Hovhannissian mencionou a profunda conexão histórica e cultural entre Armênia e Israel, apesar das relações militares de Israel com o Azerbaijão e a Turquia. Ele lembrou que a Armênia sofreu uma terrível limpeza étnica nas mãos do Azerbaijão, que foi significativamente armado por Israel. No entanto, ele acredita que as duas nações devem trabalhar juntas para aproveitar seus muitos ativos compartilhados.

A Armênia está passando por uma reorientação geopolítica, aproximando-se dos Estados Unidos e contemplando a filiação à União Europeia. Hovhannissian sugeriu que Israel deve considerar apoiar as políticas dos EUA na região para ajudar a fortalecer as instituições democráticas da Armênia e contribuir para reformular suas estratégias de segurança.

O momento do reconhecimento da Palestina pela Armênia gerou controvérsia tanto em casa quanto em Israel. Hovhannissian destacou que a decisão da Armênia se alinha com seus princípios de longa data e não deve ser vista como um prejuízo para as futuras relações armênio-israelenses. Ele questionou por que o reconhecimento da Armênia é visto como menos perdoável do que o de outros países e enfatizou que Armênia e Israel, como os únicos dois países não muçulmanos e democráticos no Oriente Médio, devem trabalhar juntos pela estabilidade e prosperidade regionais.

Em suma, Hovhannissian argumentou que o reconhecimento da Palestina está alinhado com os princípios da Armênia e não deve ser interpretado como um ato anti-Israel, mas sim como parte de um compromisso mais amplo com a autodeterminação e a legitimidade internacional.

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