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Bispo diz para o Vaticano que Igreja Católica deve se submeter a China

Bispo foi nomeado pelo pelo Conselho dos Bispos Chineses, controlado pelo Partido Comunista.

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Congresso comunista da China (Foto: Gary Stock Bridge/Wikimedia Commons)

O bispo Joseph Shen Bin, de Xangai, participou de uma conferência organizada pelo Vaticano e enfatizou que a Igreja Católica na China deve seguir um caminho de “sinicização”, ajustando-se às diretrizes do governo do Partido Comunista Chinês (PCCh).

Shen Bin, cuja nomeação em 2023 pelo Conselho dos Bispos Chineses – controlado pelo PCCh – já havia sido uma violação de um acordo entre o Vaticano e as autoridades chinesas, foi o principal orador do evento “100 anos do Concilium Sinense: entre a história e o presente”, que contou também com uma mensagem em vídeo do papa Francisco.

Durante seu discurso, Shen Bin defendeu que a Igreja Católica deveria conformar-se ao processo de sinicização, uma política do governo chinês que impõe uma maior integração das religiões à ideologia estatal.

Enquanto isso, as igrejas protestantes na China enfrentam perseguições severas por não se alinharem com o controle governamental. Para operarem legalmente, devem se afiliar à Igreja das Três Autonomias, controlada pelo governo, que monitora os sermões e interfere nos textos bíblicos para garantir que não haja conflitos com a ideologia comunista.

Shen Bin sugeriu que muitos dos conflitos históricos entre a Igreja e o governo chinês foram causados por missionários com um “forte sentimento de superioridade cultural europeia”, que tentavam usar o cristianismo para transformar a sociedade e cultura chinesas.

Ele argumentou que, enquanto o governo chinês busca “o grande rejuvenescimento da nação chinesa com uma modernização no estilo chinês”, a Igreja Católica deveria alinhar-se com esses objetivos, seguindo um “caminho de sinicização que se ajuste à sociedade e cultura chinesas contemporâneas”, conforme informa The Christian Post.

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