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Coreia do Norte aumenta controle de segurança, aumentando os riscos para os cristãos
Sob o regime de Kim Jong-un, o país ampliou prisões, campos de trabalho forçado e fortificou a fronteira com a China.
A Coreia do Norte, sob o regime de Kim Jong-un, não é conhecida apenas por possuir um dos maiores exércitos do mundo, mas também por destinar grande parte de seu orçamento às agências de segurança e à polícia. Nos últimos anos, o governo tem investido em aumentar a vigilância sobre a população e fortalecer seu controle interno, tornando a vida dos cidadãos cada vez mais difícil, especialmente para os cristãos.
De acordo com uma fonte anônima que falou à agência DailyNK, Kim Jong-un tomou diversas medidas para expandir o alcance do Ministério da Segurança do Estado, criando um ambiente de ainda maior opressão. Entre essas medidas estão a ampliação das prisões, o aumento do número de campos de trabalho forçado e o reforço das fronteiras, especialmente a que faz divisa com a China. Além disso, o regime enviou espiões para o país vizinho e expandiu o gabinete de contraespionagem internacional, dobrando o tamanho da equipe, enquanto a contraespionagem nacional teve um aumento de 50%.
Com o intuito de enfrentar as crescentes ameaças à rede de comunicações do país e impedir o acesso a influências externas, como as populares músicas K-pop e as séries dramáticas sul-coreanas, um novo departamento de gestão da segurança das transmissões foi criado. Também foi construída uma nova instalação de alta tecnologia, cujo custo pode chegar a 100 milhões de dólares, dedicada ao monitoramento e à repressão de atividades consideradas subversivas pelo regime, conforme relata Portas Abertas.
Esses esforços de controle extremo têm consequências diretas para a comunidade cristã na Coreia do Norte, que já vive sob constante perseguição. De acordo com a Lista Mundial da Perseguição de 2024, a Coreia do Norte é o país mais perigoso do mundo para os cristãos. O aumento da vigilância e das medidas de segurança faz com que eles precisem ser ainda mais cuidadosos ao praticar sua fé. Leitura da Bíblia, orações e até mesmo louvores em sussurros podem ser motivos para prisão, tortura ou morte.
A construção de prisões e campos de trabalho forçado, junto com o aumento do aparato de vigilância, é uma tentativa do regime de Kim Jong-un de controlar a insatisfação crescente entre a população. Muitos norte-coreanos recorrem ao contrabando e a outras atividades consideradas ilegais pelo governo para sobreviver, e o regime agora utiliza tecnologias avançadas para reprimir essas práticas e sufocar qualquer forma de dissidência.
Para os cristãos fora da Coreia do Norte, é difícil imaginar a dura realidade enfrentada por seus irmãos na fé. Mesmo com a perseguição intensa e as ameaças diárias, os seguidores de Cristo na Coreia do Norte continuam a se reunir em segredo, arriscando suas vidas para manter a chama da fé acesa. Eles contam com as orações e o apoio espiritual de cristãos ao redor do mundo.
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