igreja perseguida

Cristã relata perseguição e luta pela sobrevivência

Fadi perdeu sua irmã em um sequestro, sem notícias de seu paradeiro, e sua mãe veio a falecer de tristeza pelo desaparecimento da filha.

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Fadi Zara segura a filha Esther no colo (Foto: Reprodução/Portas Abertas)

Fadi Zara, cristã deslocada em Camarões, já teve de fugir pelo menos quatro vezes devido aos ataques do grupo extremista Boko Haram. Os ataques, que resultaram na destruição de casas e igrejas, e na morte de muitas pessoas, também marcaram profundamente sua vida pessoal. Fadi perdeu sua irmã em um sequestro, sem notícias de seu paradeiro, e sua mãe veio a falecer de tristeza pelo desaparecimento da filha.

“Mesmo quando quero dormir, não consigo. Muitas coisas vêm como uma visão ou sonhos. E toda vez estou chorando, porque sou órfã”, Fadi desabafou em 2021, durante visita da Portas Abertas, organização que apoia cristãos perseguidos.

Apesar dos desafios, Fadi encontrou força em sua fé. Três anos após os eventos mais recentes, ela continua servindo à igreja local como diaconisa e formou uma nova família com o nascimento de sua filha, Esther. “Estou muito feliz porque Deus me protegeu dos meus inimigos até hoje. Estou muito grata a vocês. Meus irmãos e irmãs, obrigada por me visitarem hoje. Que Deus os abençoe”, diz Fadi, cheia de gratidão.

No entanto, os desafios continuam. Mesmo com relativa paz na região, Fadi e muitos cristãos deslocados enfrentam dificuldades para encontrar sustento. “Não temos campos para trabalhar. Até encontrar comida é muito difícil”, revela.

A Portas Abertas avalia a situação de Fadi e de outros deslocados para oferecer apoio tanto nas necessidades materiais quanto emocionais. Além disso, a campanha Desperta África, lançada pela Portas Abertas, se compromete a auxiliar a igreja africana, especialmente em regiões de forte perseguição religiosa.

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