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Igreja resiste a pressão de grupos terrroristas na Colômbia

Os grupos armados utilizam diversas estratégias para vigiar e controlar as igrejas.

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Cristãos colombianos (Foto: Reprodução/Portas Abertas)

Na Colômbia, os cristãos enfrentam ameaças diárias de violência, pobreza extrema e a presença constante de grupos armados ilegais. O pastor Salomón, um líder resiliente, continua a pastorear sua comunidade cristã em uma área dominada por esses grupos, apesar dos riscos e desafios.

O caminho até a igreja do pastor Salomón é longo e perigoso. São necessários uma hora e 15 minutos de avião e mais duas horas de barco para viajar da capital até a região onde ele atua. Além dos perigos naturais, como cobras venenosas, o maior desafio são os grupos ilegais que controlam a área, impondo suas próprias regras sobre quem entra e sai da comunidade.

As florestas colombianas, com seus rios acessíveis, são alvo dos grupos armados devido à facilidade de circulação de drogas e outros produtos ilícitos. “A igreja está sendo vigiada”, afirma o pastor Salomón. Há mais de cinco anos, ele cuida de sua igreja, que atualmente conta com 17 membros. Muitos cristãos deixaram a região por medo.

Os grupos armados utilizam diversas estratégias para vigiar e controlar as igrejas. Consideram a igreja uma ameaça e tentam silenciá-la ou destruí-la para proteger suas atividades criminosas. O pastor Salomón, que já esteve intimamente ligado a esses grupos, entende bem suas táticas.

Esses grupos infiltram espiões nas igrejas, ameaçam pastores que resistem às suas ordens, atacam templos, abusam sexualmente de meninas e recrutam jovens. A extrema pobreza e a falta de oportunidades fazem com que muitos se juntem a esses grupos para sobreviver. “Os grupos armados seduzem os jovens com promessas de passeios de barco, motocicletas e dinheiro. Muitos são enganados e, quando percebem, estão presos sob o poder dos criminosos”, explica o pastor.

Recentemente, parceiros da Portas Abertas visitaram a igreja do pastor Salomón como parte de um ministério de presença. Levaram mensagens de esperança e reforçaram que os cristãos perseguidos não estão sozinhos e que a igreja global ora por eles. Na visita, encontraram ao menos dez membros da igreja.

“Sinto que a visita foi uma resposta de Deus às minhas orações. Sentíamos-nos sozinhos e Deus silenciosamente respondeu ao nosso clamor”, relata o pastor Salomón. Os parceiros também conheceram um projeto de geração de renda apoiado pela Portas Abertas.

Após ser forçado a fechar sua madeireira pelos criminosos, o pastor, com ajuda de parceiros locais, começou a plantar maracujá, garantindo recursos para continuar seu ministério na área de risco.

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