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Lutadora italiana abandona luta contra trans nas Olimpíadas

Carini, de 25 anos, desistiu da luta após apenas 46 segundos.

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Angela Carini (Foto: Reprodução/YouTube)

A recente luta de boxe nos Jogos Olímpicos de Paris, na qual a italiana Angela Carini enfrentou Imane Khelif, um homem biológico que se identifica como mulher trans, gerou intensa polêmica e críticas. O jornalista Andrew Breitbart foi um dos que se manifestaram contra a decisão de permitir que Khelif competisse na categoria feminina, classificando o combate como uma “demonstração de ‘igualdade’ e ‘progresso'” por parte do que chamou de “projeto de esquerda”, mas que, na sua visão, resultou em uma situação injusta.

Carini, de 25 anos, desistiu da luta após apenas 46 segundos, depois de sofrer golpes poderosos que a fizeram cair de joelhos e gritar “isso é injusto”. Em uma entrevista após o combate, ela afirmou: “Nunca fui atingida tão forte em minha vida”. A luta, que ocorreu nesta quinta-feira (1º), rapidamente se tornou um ponto de discussão sobre a presença de atletas transgênero em competições femininas.

A decisão de permitir que Khelif competisse foi tomada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), mesmo após Khelif ter sido reprovado em testes de DNA realizados pela Associação Internacional de Boxe (IBA) durante o Mundial de 2023. Essa decisão tem gerado preocupações em várias esferas, incluindo o governo italiano.

Eugenia Roccella, ministra da Família da Itália, expressou sua preocupação com o que vê como uma competição potencialmente desigual e arriscada. Ela destacou a falta de critérios claros e rigorosos para a participação de atletas transgêneros em competições femininas, especialmente em um evento tão simbólico como os Jogos Olímpicos.

Andrea Abodi, ministro do Esporte da Itália, também se manifestou, enfatizando a necessidade de garantir a segurança das atletas e assegurar a justiça competitiva. Matteo Salvini, vice-premiê e ministro da Infraestrutura e Transportes da Itália, criticou a decisão do COI, afirmando que “um homem lutar contra uma mulher me parece pouco olímpico”, e destacou o desequilíbrio físico evidente em tal situação.

O Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni) divulgou uma nota afirmando que colaborou com o COI para garantir que os direitos de todos os competidores estivessem em conformidade com os regulamentos de saúde, mas não abordou diretamente o incidente envolvendo Carini.

Este caso levanta questões complexas sobre a inclusão de atletas transgêneros em competições femininas e a necessidade de equilibrar os direitos desses atletas com a equidade e segurança das competições.

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