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arqueologia bíblica

Mosaico cristão com uma das primeiras referências a divindade de Cristo é descoberto

O “Mosaico de Megido”, descoberto em 2005, está sendo exibido ao público pela primeira vez, no Museu da Bíblia em Washington, D.C.

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Mosaico de Megido (Foto: Reprodução/Samantha Kamman/The Christian Post)

Um mosaico antigo, descoberto perto do local onde se acredita que ocorrerá a profetizada batalha do Armagedom, em Israel, traz uma inscrição rara que se refere a Jesus como Deus, lançando luz sobre a adoração cristã primitiva em um período de perseguição pelo Império Romano.

A descoberta do “Mosaico de Megido” foi feita por arqueólogos israelenses em 2005, e agora, pela primeira vez, ele está sendo exibido ao público no Museu da Bíblia, em Washington, D.C., desde o dia 15 de setembro de 2024. A peça será exposta até julho de 2025.

O mosaico, que decorava um dos mais antigos salões de oração cristãos conhecidos, apresenta um símbolo cristão primitivo — o peixe — e uma inscrição em grego que diz: “A Deus Jesus Cristo”. Essa descoberta é considerada uma evidência significativa da adoração a Jesus como divino, durante um tempo em que cristãos ainda enfrentavam a repressão romana.

“Saudamos a libertação dessa peça histórica, que mostra a fé vibrante dos primeiros cristãos”, disse Carlos Campo, CEO do Museu da Bíblia, durante a cerimônia de abertura da exposição. “O mosaico transmite o poder transformador da Bíblia e nos conta uma história notável de unidade”, afirmou ele, destacando o significado histórico e espiritual da obra.

Segundo The Christian Post, a descoberta do mosaico ocorreu durante uma escavação em Megido, uma área conhecida por sua relevância bíblica e arqueológica, realizada enquanto se expandia a Prisão de Megido, local onde a peça foi encontrada. Devido à sua localização, o mosaico permaneceu inacessível ao público até agora.

Além da menção a Jesus como Deus, o mosaico também homenageia cinco mulheres, sugerindo um papel significativo das mulheres nas primeiras comunidades cristãs. O nome de um oficial romano, que financiou a criação do mosaico, também está presente na peça.

Campo ressaltou que o processo de trazer o mosaico para os Estados Unidos envolveu uma parceria com a Autoridade de Antiguidades de Israel e um delicado trabalho de transporte e reconstrução. “Especialistas trabalharam arduamente para garantir que o mosaico fosse transportado e montado com o máximo cuidado”, explicou ele. Cerca de 50 a 75 funcionários participaram do processo de montagem após a chegada da peça.

Campo também comentou sobre a importância histórica do mosaico: “Algumas pessoas acreditam que, após a morte de Jesus, houve um período de escuridão, com poucos seguidores de Cristo. Este mosaico prova que isso não é verdade. Mesmo em tempos de perseguição, havia fiéis seguidores de Jesus Cristo”, concluiu.

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