igreja perseguida

Na África Subsariana grupos jihadistas espalham violência

Embora a violência afete outras pessoas, os cristãos são frequentemente alvos devido à sua fé.

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África Subsaariana (Foto: Reprodução/Portas Abertas)

O índice de violência na África Subsaariana atingiu níveis recordes, impulsionado pela presença crescente de grupos jihadistas em diversos países. Grupos como Boko Haram, Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP), Forças Democráticas Aliadas (ADF) e Al-Shabaab espalham uma versão radical do islamismo através da violência. Além desses, extremistas do povo fulani, “bandidos” e gangues criminosas armadas também contribuem significativamente para a atual onda de violência.

O impacto dessa violência é devastador, com mais de 36 milhões de deslocados internos em todo o continente. As dez crises de deslocamento mais negligenciadas do mundo estão na África, evidenciando a magnitude do problema e a insuficiência da resposta global.

De acordo com o Índice de Terrorismo Global 2023, os grupos terroristas mais letais em 2022 foram o Estado Islâmico e seus afiliados, Al-Shabaab, o Exército de Libertação do Baluquistão (BLA) e Jama’at Nasr al-Islam wal Muslimin (JNIM). Exceto o BLA, todos são ativos na África Subsaariana. O Estado Islâmico, por sua vez, possui alianças em todo o continente, tornando a sobrevivência extremamente difícil.

Durante o período de pesquisa da Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2024 (1 de outubro de 2022 a 30 de setembro de 2023), na África Subsaariana:

– 1.815 cristãos foram violentados sexualmente ou sujeitos a casamentos forçados;
– 3.623 cristãos foram sequestrados, sendo 3.300 apenas na Nigéria;
– 4.602 cristãos foram mortos, representando 92% do total global (nove em cada dez mortes ocorreram na Nigéria);
– 12.880 casas ou propriedades de cristãos foram atacadas;
– 17.498 cristãos foram física ou psicologicamente abusados;
– 112.700 pessoas se tornaram deslocadas na região.

Nos países de maioria islâmica, os cristãos enfrentam pressão e violência de familiares, comunidades e autoridades governamentais ao deixarem a fé ancestral para seguir a Jesus. Em algumas sociedades, os cristãos são respeitados desde que não compartilhem sua fé com muçulmanos ou seguidores do animismo. No entanto, muitos vivem como cidadãos de segunda classe, marginalizados e sem direitos básicos, conforme relata Portas Abertas.

Embora a violência afete outras pessoas, os cristãos são frequentemente alvos devido à sua fé. Grupos como Boko Haram, ISWAP e Al-Shabaab explicitamente manifestam ódio aos cristãos, com graves consequências para a igreja. Mesmo grupos que não declaram explicitamente seu desejo de eliminar a presença cristã fazem dos seguidores de Jesus alvos desproporcionais.

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