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Na Nigéria, cristãos são escravizados e mantidos como reféns

O Centro de Saúde Primário de Kuyallo, no estado de Kaduna, foi alvo de um ataque brutal no dia 9 de setembro.

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Imagem ilustrativa (Foto: Reprodução/Portas Abertas)

Comunidades cristãs na Nigéria continuam a sofrer ataques violentos por extremistas islâmicos, alimentando preocupações sobre o aumento da perseguição religiosa e a deterioração da segurança no país. No dia 9 de setembro, no estado de Kaduna, o Centro de Saúde Primário de Kuyallo, localizado na área do governo local de Birnin-Gwari, foi alvo de um ataque brutal.

O grupo responsável pelo ataque, supostamente ligado ao Ansaru, uma facção afiliada à Al-Qaeda, invadiu a instalação por volta das 9h, deixando vários feridos. Entre as vítimas, duas enfermeiras e pacientes foram sequestrados. Segundo relatos do International Christian Concern (ICC), os extremistas pretendiam inicialmente atacar uma escola local, mas ao encontrá-la vazia, voltaram suas ações contra o hospital.

O Ansaru em um histórico de envolvimento com sequestros e execuções de cristãos, especialmente antes de 2013, quando visava obter resgates de reféns ocidentais. Desde novembro de 2013, o Departamento de Estado dos Estados Unidos designou o Ansaru como uma organização terrorista estrangeira.

A situação em Kaduna e no estado de Níger vem se agravando, especialmente nas proximidades do Lago Shiroro. Relatórios locais indicam uma aliança perigosa entre o Boko Haram, a ISWAP (Província do Estado Islâmico da África Ocidental) e o Ansaru, que está forçando fazendeiros cristãos a trabalharem como escravos para esses grupos terroristas, cultivando plantações e cuidando de gado roubado. Esses fazendeiros são obrigados a vender os produtos em mercados locais e entregar os lucros aos insurgentes.

Essas ações terroristas estão ocorrendo em áreas próximas à capital Abuja, o que representa um grande risco para a segurança nacional caso não sejam contidas rapidamente.

Recentemente, as autoridades nigerianas conseguiram impedir um ataque significativo ao Departamento de Serviços de Estado (DSS) da Nigéria em Shiroro, onde mais de 100 militantes islâmicos foram enfrentados. A força aérea nigeriana, junto com as forças de segurança, eliminou 28 insurgentes, mas o DSS perdeu dois agentes durante a batalha.

A Fundação Stefanos, uma organização que defende as comunidades vulneráveis da Nigéria, pediu ao governo e às agências de segurança que aumentem seus esforços para proteger as áreas afetadas pela violência crescente. A fundação ressaltou a importância de libertar os fazendeiros cristãos escravizados pelos grupos terroristas e dar uma resposta eficaz aos gritos de socorro dos moradores de Shiroro.

A Nigéria ocupa a 6ª posição na Lista Mundial de Observação da Missão Portas Abertas de 2024, como um dos lugares mais perigosos para ser cristão, devido à perseguição religiosa intensa e à violência sistemática.

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