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Na Suíça, 73% dizem que as igrejas evangélicas não são importantes para a sociedade
A grande maioria dos entrevistados considera as igrejas evangélicas “retrógradas”.
Um estudo conduzido pelo instituto de pesquisa GFS-Zurique revela que a imagem das igrejas evangélicas livres na Suíça tem melhorado desde 2016. De acordo com os dados, 32% da população suíça teve experiências positivas com igrejas evangélicas em 2024, um aumento em relação aos 27% de 2016. Essa percepção positiva é mais prevalente na Suíça de língua alemã (35%) do que na Suíça de língua francesa (24%).
A melhora na imagem é especialmente notável entre os jovens de 18 a 39 anos, com 31% relatando experiências positivas em 2024, em comparação com apenas 18% em 2016.
A pesquisa mostra que um em cada cinco entrevistados (20%) acredita que as igrejas evangélicas contribuem positivamente para o “bom funcionamento da sociedade”, um número estável em comparação com 2016 (19%). Essa percepção positiva é mais alta nas áreas rurais (24%) do que nas cidades (13%) e ligeiramente maior na Suíça francófona (22%) do que na Suíça germanófona (19%). Além disso, cidadãos com menor nível de educação (24%) tendem a ver uma contribuição positiva das igrejas evangélicas mais do que aqueles com maior nível de educação (19%).
No entanto, a maioria dos entrevistados (73%) ainda considera as igrejas evangélicas “irrelevantes para a sociedade” e “retrógradas”. A percepção de que os evangélicos são “intolerantes, sectários ou fundamentalistas” diminuiu desde 2016.
Segundo Evangelical Focus, as igrejas evangélicas na Suíça são vistas como “menos moralistas” em 2024 do que em 2016. Questões morais como “contra o aborto” (2024: 33%; 2016: 35%), “contra a homossexualidade” (2024: 25%; 2016: 32%) e “contra o sexo antes do casamento” (2024: 21%; 2016: 39%) foram menos enfatizadas. Por outro lado, questões como “contra a pobreza e a fome” (2024: 31%; 2016: 26%), “pelo bem comum” (2024: 31%; 2016: 27%) e “pela justiça social” (2024: 23%; 2016: 20%) tiveram maior destaque.
Stéphane Klopfenstein, vice-diretor da Aliança Evangélica Suíça de Língua Francesa (RES), ressaltou que as igrejas evangélicas são vistas como menos fortemente opostas às questões de moralidade, mas ainda há trabalho a ser feito para aumentar a conscientização sobre seu compromisso positivo com a sociedade.
Apesar dessas mudanças, uma grande parte da população suíça ainda desconhece as igrejas evangélicas. Cerca de 38% da população de língua alemã e 55% da população de língua francesa não conhece nenhuma igreja evangélica. Muitas pessoas não conseguem distinguir claramente entre igrejas nacionais, igrejas evangélicas livres e seitas.
Christian Kuhn, diretor do RES, admitiu que as igrejas evangélicas não são bem conhecidas pelo público geral, em parte porque a mídia raramente fala sobre elas.
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