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opinião

O desrespeito do Porta dos Fundos, o escárnio da fé e a apologética

Que nossa crença se mantenha protegida contra toda a ofensa.

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Gregório Duvivier como Judas. (Foto: Reprodução / Youtube - Porta dos Fundos)

O Código Penal estabelece pena de detenção de um mês a um ano, ou multa contra quem escarnecer de alguém publicamente por motivo de crença ou função religiosa ou quem vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso.

Isso está descrito no artigo 208, onde diz:

Art. 208 – Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena – detenção, de um mês a um ano, ou multa.

Trata-se da garantia que todo religioso tem de que sua fé estará resguardada contra o desrespeito, o escárnio e atos que agridam o sentimento de liberdade de crença. É o que nos garante o Estado Democrático de Direito.

No entanto, o que temos visto é um grupo supostamente humorístico, que de forma recorrente ataca as religiões com produções imorais, principalmente contra o Cristianismo. Estão sendo usados como instrumentos de satanás para tentar desconstruir as nossas bases doutrinárias.

Entendo que este desrespeito precise de resposta para que alguém não venha a ser enganado por aquilo que está sendo compartilhado por eles. É um princípio importante da apologética cristã, onde a defesa da fé fica fundamentada pela Palavra de Deus.

A Bíblia nos diz: “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Efésios 6.12).

É evidente que todo o ataque promovido por grupos como este, formado em sua maioria por ateus, não pode prevalecer contra o crescimento da Igreja. É o que a Bíblia diz quando afirma que “as portas do inferno não prevalecerão” (Mateus 16.18). Tão pouco a Porta dos Fundos – se me permitem o trocadilho.

Por outro lado, não vejo como lógico ficar em silêncio enquanto nossas bases doutrinárias, como a divindade de Cristo, Sua santidade e nascimento virginal são atacadas por pessoas que se quer compartilham de uma crença.

Não devemos agir com violência ou permitir que a ira nos leve a pecar, mas podemos usufruir da liberdade que temos, principalmente ao exercício do livre pensamento e expressão, para assim repudiar atos que tenham como objetivo nos ridicularizar por conta de nossa crença em Jesus.

Algumas pessoas confundem o direito ao contraditório e nossa cede por Justiça com falta de afeto ou desejo de vingança. É evidente que se estes que nos tratam com tamanho desrespeito se arrependerem, o Senhor é misericordioso para perdoar. Mas isso não significa que devemos concordar com suas práticas.

A maneira como eles debocham, humilham, ofendem e desrespeitam a nossa fé precisa ser repudiada, sob o risco de estarmos agindo com indiferença diante de um ataque destes. Além disso, precisamos incentivar produções culturais que representem os nossos valores.

Dar audiência para este tipo de conteúdo, ainda que por mera curiosidade, não é saudável para a vida cristã, pois de alguma forma isso acabará influenciado nossa maneira de agir e de viver.

Concluo, portanto, pedindo para que os nossos representantes públicos façam todo o esforço para que nossa crença se mantenha protegida e para que possamos usufruir de toda a liberdade, pois primeiro fazem piadas, debocham e riem, mas tão logo possível procurarão perseguir, constranger e proibir.

Pastor da catedral da Assembleia de Deus em Cabo Frio, casado com Michelle Gonçalves, formado em direito, filosofia e teologia.

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