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População ora por vítimas de naufrágio na “Garganta do Diabo”

A ‘Garganta do Diabo’ é conhecida por suas fortes correntezas e ondulações, que já causaram vários afogamentos na área.

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População orando por vítimas de naufrágio (Foto: Reprodução/YouTube)

No último domingo (29), uma embarcação com sete pessoas afundou na área conhecida como ‘Garganta do Diabo’, próxima à Ilha Porchat, em São Vicente, São Paulo. Das sete pessoas a bordo, cinco foram resgatadas, uma mulher morreu e outra continua desaparecida.

As operações de busca começaram imediatamente após o acidente, focando nas vítimas Beatriz Tavares da Silva Faria, de 27 anos, e Aline Tamara Moreira de Amorim, de 37 anos. Familiares, amigos e moradores da região se reuniram nas proximidades do local do naufrágio para orar pelas vítimas.

Em um vídeo divulgado pelo g1, uma cristã conduziu a oração, dizendo: “Meu Deus, eu peço, meu Pai, que o Senhor, agora, nesse momento, dê paz a cada uma dessas pessoas. Em nome do Senhor Jesus, todos nós aqui, independente de crença ou religião, cremos, meu Pai, que já deu tudo certo e que logo elas serão encontradas. É isso que nós te pedimos e determinamos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém.”

Na quarta-feira (2), o corpo de Beatriz foi encontrado próximo ao emissário submarino de Santos, cerca de 4 km do local do acidente, e foi reconhecido por familiares. As cinco pessoas resgatadas foram identificadas como Vanessa Audrey da Silva, de 35 anos; Camila Alves de Carvalho, de 20 anos; Daniel Gonçalves Ferreira, de 22 anos; Gabriela Santos Lima; e Natan Cardoso Soares da Silva.

Camila Alves, uma das sobreviventes, compartilhou em suas redes sociais como conseguiu escapar. “Foi um desespero total, eu não sei nadar e as ondas eram muito fortes”, afirmou. Ela explicou que, no momento em que a embarcação virou, ninguém estava usando colete salva-vidas e que as demais meninas também não sabiam nadar. “Quando o barco virou, tinha três coletes e dois galões de gasolina. Todo mundo se agarrou e cada um tentou salvar a sua vida”, relatou.

Camila revelou que, para sobreviver, tentou se jogar sobre as pedras e se segurar em um rochedo. Ela sofreu ferimentos significativos, incluindo um corte profundo na cabeça, e acabou engolindo muita água. Os coletes e galões a ajudaram a flutuar.

O Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMar) informou que os sobreviventes relataram que Beatriz e Aline se afastaram do grupo no momento do naufrágio. As vítimas estavam retornando de uma festa em uma lancha maior. Moradores acionaram o Corpo de Bombeiros, que enviou três viaturas para as buscas, enquanto a Marinha do Brasil também enviou uma embarcação para ajudar.

Após o resgate, quatro vítimas foram levadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Pronto-Socorro Central de São Vicente para avaliação médica, com uma delas optando por não receber atendimento.

A ‘Garganta do Diabo’ é conhecida por suas fortes correntezas e ondulações, que já causaram vários afogamentos na área.

A Marinha do Brasil está investigando se o barco “La Linda” estava em conformidade com as normas de navegação. A Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) informou que a perda da documentação durante o acidente impediu a confirmação da identificação e das características da embarcação. Um inquérito administrativo foi aberto para investigar as possíveis causas do naufrágio e apurar responsabilidades. A Polícia Civil também está conduzindo uma investigação sobre as condições de segurança oferecidas pelo barco aos ocupantes.

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