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Regime socialista de Daniel Ortega expulsou 23% do clero

O sacerdote exilado acredita que o regime visa, se não destruir, pelo menos reduzir a Igreja Católica.

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Daniel Ortega (Foto: Alfredo Zuniga/AP)

A Igreja Católica na Nicarágua enfrenta uma perseguição implacável desde 2018, conforme relatado por um sacerdote exilado em entrevista ao La Prensa. Ele descreveu a situação como uma verdadeira “decapitação” da Igreja, conduzida pelo regime comunista liderado por Daniel Ortega e Rosario Murillo. A repressão começou após a brutal resposta à rebelião cidadã de 2018, resultando em mais de 325 mortes e o exílio forçado de mais de 140 figuras religiosas, incluindo bispos e padres.

O sacerdote exilado acredita que o regime visa, se não destruir, pelo menos reduzir a Igreja Católica na Nicarágua à insignificância, considerando-a um incômodo devido à sua denúncia dos crimes contra a humanidade perpetrados pela ditadura. Desde então, todas as dioceses do país foram afetadas, com grande parte do clero sendo forçada ao exílio, impossibilitada de retornar, ou presa por meses antes de ser banida para o Vaticano.

A repressão também se intensificou com a remoção de sacerdotes qualificados e críticos, como o Padre Raúl Zamora, conhecido por proteger estudantes durante um ataque paramilitar em 2018. Embora atualmente não haja padres na prisão, o assédio e a repressão continuam, agora com foco na transição geracional dentro da Igreja.

A situação se complica ainda mais com a falta de candidatos adequados para substituir os bispos exilados ou aposentados. Sem um núncio apostólico no país, a Igreja enfrenta dificuldades para nomear novos bispos, o que pode resultar na extensão dos mandatos dos bispos atuais. Apesar das adversidades, a Igreja continua a resistir, mas o futuro permanece incerto diante da pressão implacável do regime.

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