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Rick Warren diz que Igreja precisa ser reevangelizada como parte da Grande Comissão

A mensagem de Warren sublinha a importância da colaboração, da unidade e do retorno às raízes espirituais.

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Rick Warren (Foto: Reprodução/Hudson Tsuei/The Christian Post)

No Quarto Congresso Lausanne sobre Evangelização Mundial, Rick Warren, fundador da Igreja Saddleback na Califórnia, enfatizou a urgência de re-evangelizar os cristãos nominais para cumprir a Grande Comissão. Ele alertou que muitos crentes têm trocado “poder espiritual por influência política”.

Durante uma conversa com delegados, Warren, de 70 anos, declarou que a realização da Grande Comissão requer “a grande colaboração”. Ele identificou dois obstáculos principais que os fiéis devem superar.

Warren observou que os cristãos são eficazes em promover comunhão e networking, mas carecem de colaboração e unidade — um tema central do evento Lausanne 4. “O objetivo da unidade não é apenas ser unido, mas sim para evangelização”, afirmou. Desde sua aposentadoria em 2022, Warren está comprometido em ajudar as novas gerações a alcançarem mais pessoas para Cristo.

Em sua palestra na sessão “Finalizando a Tarefa”, ele enfatizou que “não haverá cumprimento da Grande Comissão até que a questão da unidade seja resolvida”. Ele também destacou que a preocupação com a unidade era fundamental para Jesus, que em Sua oração final antes da crucificação pediu: “Pai, oro para que eles sejam um, para que o mundo saiba” (João 17).

Atualmente, as denominações e organizações cristãs operam de forma independente, exceto em colaborações ocasionais. “Ninguém conseguirá fazer isso sozinho”, reiterou Warren.

Warren também apontou que muitos cristãos não estão colaborando urgentemente porque “realmente não acreditam que Jesus voltará” em suas vidas. Ele criticou essa mentalidade, lembrando que os cristãos do primeiro século viviam com a expectativa da volta de Cristo, o que resultou em um crescimento exponencial da Igreja.

Ele observou que a perseguição foi um fator chave para o crescimento da Igreja primitiva. Com a legalização do cristianismo no Império Romano, o “poder político substituiu o poder espiritual”, resultando em uma diminuição dos “milagres, sinais e maravilhas”. Warren lamentou que muitos cristãos hoje em dia têm “trocado o poder espiritual pela influência política”.

Re-evangelizando a Igreja

Warren enfatizou que re-evangelizar a Igreja é crucial para cumprir a Grande Comissão, envolvendo o alcance a cristãos nominais para reacendê-los espiritualmente. Ele destacou que cerca de 2,6 bilhões de pessoas se identificam como cristãs, e muitas delas precisam ser re-evangelizadas.

“Existem cristãos nominais, assim como muçulmanos nominais que não sabem o que acreditam”, disse. “É muito mais fácil evangelizar um cristão nominal do que convencer um hindu que adora 10.000 deuses a crer em um único Deus”.

Para Warren, se cada um dos que já acreditam na Trindade e na ressurreição de Cristo compartilhasse seu testemunho, “cobriríamos todo o mundo”. Ele reforçou que essa tarefa não é complexa.

Seguindo o modelo de Jesus

Warren também destacou o sucesso da Igreja Saddleback em plantar igrejas em 197 países, afirmando que seguiu o modelo de Jesus. Ele ressaltou a importância de encontrar as pessoas onde elas estão e, ao mesmo tempo, ensiná-las a construir amizades antes de compartilhar a fé.

“Minha definição de evangelismo é construir uma ponte de amor entre seu coração e o delas, e então Jesus atravessa”, explicou. Ele também mencionou que a oração é fundamental, pois os discípulos reconheceram que o poder de Jesus vinha de sua vida de oração.

A mensagem de Warren sublinha a importância da colaboração, da unidade e do retorno às raízes espirituais para realizar a missão de evangelização em um mundo que precisa urgentemente do Evangelho.

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